Desenvolvimento e Produção de EPIs para profissionais da linha de frente de combate ao COVID-19, durante os 5 primeiros meses da pandemia do novo coronavírus.
Em março de 2020, no começo da pandemia do COVID-19, o Brasil, e grande parte do mundo, ainda não estava preparado para a demanda de soluções demandada por profissionais de saúde e pacientes. Uma das principais demandas, durante esse período inicial da pandemia, foi a por EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). EPIs estavam em falta nos hospitais e as indústrias ainda não estavam prontas pra atender a essa demanda.
E foi nesse momento que entrou o suporte da comunidade maker brasileira e mundial. Essa comunidade é composta por inventores, criadores, engenheiros, criativos, fazedores e qualquer um que curte pensar e construir soluções. E foi essa galera responsável por atender a primeira demanda vinda dos hospitais e profissionais de saúde. Independente da forma como as soluções eram construídas e do seu nível de complexidade, conseguimos ver o poder da inovação e da colaboração em ação!
Os principais beneficiados eram os profissionais de saúde que estava atuando na linha de frente do combate à pandeia do coronavirus e, indiretamente, os pacientes que também se beneficiavam do uso da EPI por parte dos profissionais.
Para garantir a produção das máscaras, contamos com o apoio de empresas e pessoas física, por meio de doação financeiras. Foram mais de 500 doadores individuais e 5 empresas nos ajudando financeiramente a cumprir o objetivo de entrega de mais de 10.000 máscaras face-shield.
Começamos criando um arquivo open-source (aberto e gratuito) de uma máscara face-shield que pudesse ser cortada em máquinas de corte à laser. Sendo open-source, esse arquivo poderia ser baixado e utilizado por qualquer pessoa e empresa ao redor do mundo. Essa foi a maneira que encontramos de dar escala a esse projeto.
Essa foi uma das partes mais bonitas do processo. Pela primeira vez na história do MeViro, pedimos doação para pessoas físicas. Ainda não tínhamos passado por essa experiência, mas só dessa maneira conseguiríamos os recursos necessários para começar rapidamente a produção das máscaras. Depois de um video viralizado e alguns posts, começamos a receber as primeiras doações. E essas doações de pessoas comuns foram responsáveis por 70% dos recursos investidos na produção.
Em paralelo, durante todas as semanas de produção, prestávamos contas abertamente em nossas redes sociais. E isso deu ainda mais segurança para nossos apoiadores continuarem contribuindo. Além das pessoas físicas, também recebemos apoio de empresas e organizações. Nós do MeViro, e os profissionais de saúde, somos eternamente gratos por esse apoio. Muito obrigado!
A produção das nossas face-shields foi toda realiada no Espaço Maker do Instituto MeViro. No começo, utilizamos a impressão 3D para produzir nossas primeira máscaras. Mas demorava muito, quase duas horas pra imprimir uma única máscara. Com essa tecnologia, não conseguiríamos atender a demanda do DF e nem de outros estados.
E foi então que tivemos a ideia de desenvolver um modelo próprio, para ser feita na máquina de corte à laser, mais uma máquina de fabricação digital, ou seja, que corta, modela ou constrói algo baseado em modelos digitais. Com essa nova máquina, conseguimos reduzir o tempo de produção de uma máscara para apenas 3 minutos. Com isso, conseguimos produzir mais de 10.000 máscaras em 3 meses de produção.
As entregas das máscaras eram realizadas no próprio Espaço Meviro. Os pedidos de doação viam direto de profissionais de saúde ou de hospitais da rede pública e privada. Foram centenas de profissionais que passaram pelo nosso espaço para buscar suas máscaras. Foi um momento incrível para nossa equipe. Conseguimos ver o impacto do nosso trabalho de uma maneira muito clara e em um momento tão delicado para a humanidade.
Informe Manaus " Caama participa de entrega de máscaras aos profissionais da saúde
Voluntários vão fabricar equipamentos de segurança | Jornal de Brasília